Page 218 - Revista do Ministério Público Nº 105
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LÚCIA MARIA MIGUEL DA SILVA LIMA


da união estável, com ânimo de constituição de família, que 

possa ser transformada em casamento, na forma de seu artigo 8.o. 
É
3 — O namoro, ainda que prolongado, não atende ao coman-
do legal. 
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4 — Hipótese de relação amorosa concomitante com outra
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mulher . 
5 — Recurso improvido.
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O namoro, desse modo, é um relacionamento entre duas pessoas que ã

se atraem fsica e psiquicamente e que, mesmo duradouro, é desprovido 
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de vnculo de natureza familiar, embora possa se encaminhar para tanto. ÔÇí
 cedio que o rompimento desse compromisso, via de regra, não gera Ã
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dano moral, como vem decidindo recentemente nossos Tribunais, verbis:
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UNIAO ESTAVEL. ESFORCO COMUM NA FORMAÇÃO Ãç
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DO PATRIMNIO. INOCORRÊNCIA

NAMORO. UNIO ESTÁVEL. INEXISTÊNCIA. BENS. ã
RESSARCIMENTO. PROVA DA CONTRIBUIÇÃO EFETIVA 
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NA AQUISIO. NECESSIDADE. O ressarcimento de valores 

despendidos na compra de bens móveis e imóveis de titularidade á
de ex-namorado, sem que haja união estável, subordina-se à prova 

da efetiva contribuio financeira na aquisição, cuja ausência 

impede o reconhecimento do direito. 2004.001.12548 — í
APELACAO CIVEL. DES. MILTON FERNANDES DE SOUZA 
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— Julgamento: 22/06/2004 — QUINTA CAMARA CIVEL
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UNIAO ESTAVEL. FALTA DE PROVA DO ALEGADO NA ú
ã
INICIAL. NAO RECONHECIMENTO. IMPROCEDENCIA DO 
PEDIDO

1 — Unio Estvel. 2 — O artigo 1.o da lei n.o 9278/96 impõe ê
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a prova inequvoca da convivncia duradoura, pblica e contínua, 
para caracterizao da unio estvel, com nimo de constituição 
ó
de famlia, que possa ser transformada em casamento, na forma de 

seu artigo 8.o. 3 — O namoro, ainda que prolongado, no atende 
ao comando legal. 4 — De outro lado, a comunho dos bens, por 

presuno estabelecida no artigo 5.o, caput,  afastada no s pela 

regra do seu § 1.o, como ainda se, ao incio da convivncia more


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